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Dia Nacional do Teatro será sem plateia

Alexandre Bernardes, João Marcos Fiuza e Roberta Carvalho

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Fachada do Teatro Municipal Usina Gravatá. (Fonte: Divulgação)

O Teatro Municipal Usina Gravatá estará fechado para durante as comemorações durante o dia nacional do teatro. Será a primeira vez, nos 13 anos do Gravatá que essa data não poderá ser comemorada. As atividades com público no teatro em Divinópolis ainda não têm previsão de retorno e devem demorar a acontecer, afirma Samira Cunha, coordenadora da instituição. O município, que confirmou mais duas mortes por Covid-19 na última terça-feira (08) , passa pela segunda fase de flexibilização do isolamento e está na zona amarela. A taxa de isolamento social da cidade está apenas em 34%, bem abaixo dos 70% recomendados pela OMS

Apesar do afastamento necessário dos palcos e da plateia, a data merece ser lembrada e comemorada por sua importância na construção e formação cultural ao longo dos anos. Desde o seu surgimento na Grécia Antiga, até sua adaptação para o Brasil com a vinda da Família Real Portuguesa, o teatro luta para permanecer como fonte de entretenimento e, principalmente, como veículo e meio de expressão.

O teatro conta com uma capacidade para apenas 296 pessoas, mas não é viável “diminuir a quantidade para um público mínimo em ambiente fechado” e, além disso, “é arriscado para a segurança de todos os envolvidos no espetáculo além da plateia e ainda assim não cobriria os custos”, aponta Samira.

Para Samira, “a arte teatral é mais que entretenimento, ela diz muito sobre a cidade, sua cultura e seu povo”. A coordenadora ainda aponta que Divinópolis é um celeiro de artistas e que seu amor pelos palcos é crucial para movimentar o cenário cultural e para dar vida a uma sociedade. “O Teatro é uma inspiração e a certeza de que a arte salva”, conclui.

A pandemia trouxe aperto e distanciou sonhos

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Cia Atoação agradece o público no Gravatá. (Foto: Arquivo pessoal)

Sem atuar desde março de 2020, Magda Moreira de 35 anos, moradora da cidade de Divinópolis - MG, integrante e dirigente do grupo de teatro “Atoação” não tem suas peças exibidas no Teatro Gravatá. Antes da paralização, o grupo estava em cartaz com “O despertar”, que aborda temáticas polêmicas como a gravidez na adolescência, abuso sexual, suicídio, o tabu acerca da homossexualidade entre outros assuntos tratados de forma bem lúdica se referindo ao século passado.

Com todo esse cenário de instabilidades, incluindo a área artística, a atriz, cantora e, agora, cabelereira, disse estar passando por momentos difíceis e bem conturbados devido à pandemia. A vida de cantora e atriz está em segundo plano. Entretanto, ela acredita que em breve estará de volta aos palcos e que o Gravatá está fazendo falta em suas rotinas. Presente desde o início do teatro, Magda conta que se apresentou na inauguração e que não vê a hora de voltar em cartaz com a peça.

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