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A saúde mental dos universitários após um ano de pandemia

Ana Clara Libório, Laura Resende e Maria Paula Lopes

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Foto/Reprodução: Site Colégio Dom Pedro II

Um ano após o começo de lockdown e pandemia do Coronavírus, vemos o quadro de infectados e mortos no nosso país piorar a cada dia. Desde março de 2020, é discutido sobre como essa situação afetaria a saúde mental das pessoas e, principalmente, de quem já é diagnosticado com alguma doença psicológica.

Isso é um agravante na rotina de muitos universitários. Acostumados com uma rotina presencial nas faculdades que lhes propiciava momentos de lazer com os colegas, os alunos tiveram que se adaptar à nova realidade de aulas online de maneira abrupta.


"Depois do início da pandemia as coisas começaram a piorar, o EAD até hoje pra mim não funciona, é muito confuso, muito complicado e as coisas ficam se acumulando." Afirmou a estudante de jornalismo da UEMG Maria Eduarda Salgado .


Essa perspectiva é compartilhada por muitos alunos que, mesmo após um ano de aulas online, se sentem cada vez mais desmotivados e sem esperanças tendo em vista que o cenário da pandemia só piorou. "Eu tento ao máximo conseguir nota o suficiente pra conseguir passar nos semestres, realmente estou completamente perdida. Até por que ninguém estava preparado pra esse tipo de ensino, pra essa situação, então acaba que o despreparo fica evidente." Alegou a estudante de jornalismo


Imprevisibilidade e exaustão agravam problemas psicológicos


Para a psicóloga e professora universitária da Faculdade de Nova Serrana Denise Sanches existem alguns fatores que agravam o psicológico dos estudantes. "Existem três fatores descritos, inclusive em alguns estudos: o primeiro é o “inesperado” a imprevisibilidade. Geralmente o aluno que escolhe pelo EAD tem alguns impedimentos ou um propósito diferente do aluno presencial. O ambiente, o contato e as trocas sociais etc. O segundo fator é a exaustão. Mesmo aqueles que não trabalham tem uma demanda muito maior no ensino on-line. Por fim, as condições dos professores também interferem e muito nesse processo! Professores que dominam as disciplinas, mas estão acostumados com a didática presencial precisaram se adequar em tempo recorde a fim de manter o interesse dos alunos e sua própria sanidade mental! O resultado pode por vezes ser desastroso, cansaço, falta de interesse, depressão, ansiedade e diversos transtornos mentais.”


Já a psicóloga Larissa Mancylla reforçou a importância de uma rotina mais saudável e a busca por hobbies como um meio de amenizar os impactos causados na rotina. “Acredito que manter um contato com as pessoas via online, tentar aderir hobbies que te façam bem, pode ser fazer uma pintura, malhar e também manter uma rotina para não cair no ócio, uma vez que a gente percebe que um dos maiores problemas é esse estado de não ter o que fazer”.

 
 
 

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