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Casa São Francisco acolhe pessoas em situação de rua na pandemia

Cristiane Menezes, Júlia Mendonça, Olga Melo

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Fonte/reprodução: Comunidade Católica Sacramento de Amor

Se refugiar nas ruas nunca foi tarefa fácil. Para quem dispõe apenas dessa saída para sobreviver, os dias incertos, frios, com fome e solitários ficaram ainda mais duros com a chegada do COVID-19. Para aliviar esse sofrimento e ajudar a conter a disseminação do vírus, entidades como a Casa São Francisco e a Comunidade Católica Sacramento de Amor têm atuado em parceria com a prefeitura.


Carlos Alves (26), coordenador da Casa, explicou o objetivo da instituição: “A missão central é acolher as pessoas em situação de rua. A Casa disponibiliza 16 vagas. A gente fornece o café, almoço e janta para que eles permaneçam no local. Temos também o trabalho social que é o banho, para isso o portão fica aberto de 13h30 até às 15h e algumas pessoas vêm só para isso”


Sem fins lucrativos e com trabalho voluntariado, a Casa São Francisco surgiu em março do ano passado por iniciativa do Bispo de Divinópolis, Dom José Carlos, como pedido emergencial durante a pandemia. Começou com atendimento de 7h às 20h, envolvendo cerca de 30 a 25 pessoas em situação de rua e incialmente, nos seus primeiros 3 meses, se sustentava apenas de doações da população.

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Fonte/reprodução: Comunidade Católica Sacramento de Amor

Com 14 funcionários no total, serviços de alimentação, banho, assistência psicológica e moradia “a Casa se sustenta a partir de doações e parceria com a prefeitura, que envia um valor determinado para despesas como água, luz, manutenção da casa e pagamento dos funcionários.” contou Carlinhos, como gosta de ser chamado. Durante a pandemia, foram 150 acolhidos. Além disso, cerca de 130 pessoas passam por mês para receber os atendimentos e serviços prestados pela Casa.


A psicóloga responsável pelos atendimentos na instituição, Michele Aparecida (38), contou sobre a importância e essencialidade desse acompanhamento: “São pessoas que a gente vê que tem um sofrimento muito grande, não é só questão da dependência química. Quando vamos conversar, fazer a terapia, vemos todo o processo dela. Coisas que aconteceram lá atrás. É muito importante essa escuta para tentar ajudar nos pontos que eles mais necessitam. A psicologia trabalha isso, para saber como vamos contribuir. Junto ao usuário elaboramos uma dinâmica, uma demanda, para ver onde podemos atuar e trabalhar em conjunto. É muito importante.”

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Fonte/reprodução: Comunidade Católica Sacramento de Amor

A periodicidade dos atendimentos também segue um padrão para melhor atender e cumprir com a demanda, “Os atendimentos normalmente acontecem de 15 em 15 dias e uma vez por semana temos a terapia de grupo. Em casos específicos, se algum acolhido demonstrar necessidade, fazemos mais sessões.” Contou Michele. A psicóloga ainda destacou que grande parte dos atendidos se encontra em situação de rua por motivos de dependência química, problema de saúde pública que assola homens e mulheres de várias faixas etárias.


Pastoral de rua


Antes mesmo da Casa São Francisco, desde 1997, a Comunidade Católica responsável pela mesma já desenvolvia trabalhos com pessoas nessa situação, com a “Pastoral de rua”.


Uma ou duas vezes na semana, nas terças e quintas, missionários da Sacramento de Amor percorriam Divinópolis levando sopas e agasalhos àqueles que estavam ali, a margem da sociedade.


Para contribuir com a obra, ligue no (37) 3213-8390 ou mande uma mensagem pelo WhatsApp no (37) 3222-5322.

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Fonte/reprodução: Comunidade Católica Sacramento de Amor

 
 
 

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