top of page

CLUBHOUSE – A revolução na definição de “social media”

Davidson Avelino Damasceno, Euler César Rodrigues, João Vitor Fonseca Rabelo


Criada em março do ano de 2020 por Paul Davidson e Rohan Seth, a plataforma de interação social “Clubhouse” chegou de forma aguardada, mas ocupando um lugar inesperado na mídia e na sociedade. Estando disponível somente para iPhone (IOS) até o momento, a Clubhouse é uma rede social baseada em chats de voz, sendo comparada com o termo “podcast ao vivo”. O app tem como objetivo reunir pessoas do mundo inteiro em suas reuniões, afim de discutirem sobre vários temas propostos pelos anfitriões da sala, sendo esses os criadores das reuniões.


Para se criar uma conta na plataforma, você deve receber o convite, via SMS, de alguém que já possua sua conta. Ao se cadastrar, você recebe automaticamente dois convites, podendo assim utilizá-los para convidar pessoas para conhecerem também a plataforma, método este que torna o app cada vez mais exclusivo. No perfil do usuário, é possível a criação de uma bio, para que assim seus seguidores possam saber um pouco mais sobre você antes mesmo de te seguirem, além da possibilidade do usuário seguir seus amigos e compartilhar salas de interesse com eles.


Dentro da plataforma, os usuários possuem a opção de criar eventos e grupos para discutir sobre um tema específico, sendo esse decidido pelo próprio usuário ou podendo ser sugerido pela própria plataforma através do tópico de interesses já pré-estabelecido na criação da conta. Nas “reuniões” a comunicação só é possível através do áudio. Ou seja, não há opção de envio de mensagens de texto ou imagens. Ao se iniciar uma reunião, possuímos duas classes de usuários: os “speakers”, sendo eles capazes de utilizarem seu microfone para se comunicar durante as reuniões; e os “listeners”, participando como telespectadores das discussões. Porem, durante as conversas, você pode solicitar ao anfitrião da reunião a permissão para passar de “listener” para “speaker”.


O app ganhou força na mídia e na sociedade após a participação do CEO da Tesla, Elon Musk e de Vlad Tenev, CEO da Robinhood, em uma sala para discutirem sobre a COVID-19, vacinação e Marte.

No Brasil, a plataforma ganhou fama de forma quase que instantânea através de influenciadores como Pyong Lee e Anitta, que criaram suas contas para participarem de discussões, além de apresentadores como Celso Portiolli e Luciano Huck. O Clubhouse também ganhou muito força no país após o diretor do reality show Big Brother Brasil, José Bonifácio Brasil de Oliveira, também conhecido como “Boninho”, criar uma sala para que uma discussão fosse gerada em torno da realidade do programa.


A popularidade do app cresceu de maneira inesperada e absurda. Em um período de sete dias, as buscas pela palavra “Clubhouse” no Google subiram em 525%, além da plataforma já ter conquistado seu lugar no “trending topics” no Brasil.


Para Gladys Souza, 21 anos, publicitária, a plataforma veio muito a agregar. Morando em Vitória, Espirito Santo, ela conseguiu se conectar com várias pessoas de outros países. Focada em usar a ferramenta como extensão do seu trabalho, ela comenta que conheceu a nova rede social por ser uma especialista no Instagram. Depois disso, começou a correria para conseguir o convite.


Com medo de ficar de fora e perder espaço em um mercado que a cada dia está mais competitivo, Gladys, já se tornou moderadora de uma sala que fala sobre “Os Segredos das Vendas”, toda segunda, quarta e sexta às 20h ela debate, troca experiencia com outros especialista a respeito de seu ramo de atuação. Ela mesmo comenta que chega a usar a ferramenta por aproximadamente 3 horas ao dia, sendo speaker ou estando apenas como listening. Para ela, a plataforma tem um bom futuro pela frente, principalmente quando chegar a outros sistemas de operação, como o Android. Ela já consegue ver que as salas criadas poderão ser também outra fonte de renda, assim como o Instagram. Por isso, usar a rede social por muito tempo é um investimento para ela. Assim como o Linkedin promove ligações profissionais, ela vê no ClubHuse uma extensão de todas as redes, mas com grande apelo para a voz: falar e aprender a ser ouvido. “Pretendo usar a meu favor fazendo conexões, ampliando meu nível de conhecimento, e ajudando muitas pessoas”, finalizou a publicitária.


Considerando todos os pontos, que incluem aspectos únicos de interação entre os usuários e funcionalidades que ainda devem ser aprimoradas, acredita-se que o Clubhouse se tornará ainda muito mais popular no mundo assim que passar dessa fase inicial e se tornar disponível também para os usuários de Android. Além de oferecer uma forma única de interação aos seus usuários, o app se torna palco para que pessoas possam compartilhar suas ideias e opiniões sobre determinados assuntos, sendo as vezes não possível esta oportunidade em outras redes sociais.

 
 
 

Comentários


Seja um inscrito do Matraca e não perca nada do nosso blog

Agora você é um assinante do Matraca!

© 2020 by GoJorn.

bottom of page