Como tem sobrevivido as mídias populares no brasil
- Redação do Matraca
- 24 de mar. de 2021
- 2 min de leitura
Keli Cristina Gregório
As chamadas mídias populares, nada mais são que a essência da comunicação social. No entanto, desde seu nascimento ocupam o lugar de marginalidade. No Brasil esse movimento pode ser interpretado como um protesto a mídia, que se opõem as mídias oficias. A pós-ditadura militar que ocorreu no período de 1964 -1980 se apresenta hoje como um evento que ficou marcado na história da imprensa por censuras, perseguições, prisões, torturas e mortes. Ainda hoje é um momento a ser apagado na memória como um pesadelo aos sobreviventes e os familiares daqueles que desapareceram, período que muitos brasileiros desejam que não se repita.
Entre um dos direitos ao serviço público está o acesso a comunicação. Mas esse, é um dos serviços pouco democratizados já que desde seu nascimento vem servindo à governantes, formando assim uma mídia a serviço de bens de capital, e grandes jornais a serviço de setores que buscavam seus próprios interesses, como fabricantes de armas, incentivando a guerra que ocorreu tempos depois. A mídia é uma peça fundamental para a construção da democracia de quaisquer país, desde que não seja usada em poder nacional para se manter em barganhas que atendem seus próprios interesses na manutenção do poder de ambas.
A necessidade de romper com as mídias tradicionais
Além da ditadura, as mídias populares se tornaram uma alternativa para atender as necessidades da população oprimida a ter voz, de modo que se pode atribuir a processo de formação da esquerda no Brasil, como única saída para crise do autoritarismo sofrida pelas classes trabalhadoras. Nesse momento foram vários os jornais que surgiram, e junto com eles uma rivalidade entre uma mídia a serviço de uma política opressora e a burguesia.
No momento do surgimento dos jornais populares, legitimou-se a direita e esquerda. Mesmo com a legitimação dessa comunicação que dava voz a quem precisava ser ouvido, nesse período muitos sofreram perseguições até serem extintos.
Atualmente com o acesso e uso das novas tecnologias digitais, as mídias populares se tornam de extrema importância para reivindicações da classe operaria (1064-1980). Mais que isso, se tornou um meio de comunicação ainda mais abrangente, dando voz às diferentes demandas sociais.
Além das periferias de modo geral, abrangem diferente viés, como produções culturais de modo que criam uma identidade social de grupos excluídos. Movimentos antirracistas e igualdade de gênero entre outras demandas são também constantemente debatidas por essas mídias para construção de uma sociedade mais justa. Este papel, em gral deveria ser das mídias em geral, mas, na pratica não dão a devida importância a assuntos que são realmente legítimos.
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