top of page

Médicos brasileiros estudam possível eficácia de medicamento contra a Covid-19

Embora ainda não exista nenhum remédio de tratamento contra o vírus, a proxalutamida tem sido o novo alvo de estudos clínicos por organização médica no estado do Amazonas


Por Sanny Cunha e Talita Dias


No dia 11 de março, pesquisadores brasileiros apresentaram resultados animadores de pesquisa científica - ainda não publicada - envolvendo o uso da proxalutamida no combate à Covid-19. A divulgação foi feita no canal do Youtube do Grupo Samel, operadora de planos de saúde responsável pela pesquisa em parceria com a empresa norte-americana Applied Biology. Os estudos foram realizados no Estado do Amazonas.


A ideia de realizar um estudo acerca da eficácia da proxalutamida, um antiandrogênico, contra a Covid-19 se deu em razão da maneira como o vírus entra em contato com as células pulmonares - através dos androgênios. “Em fevereiro de 2020, nosso grupo de pesquisa descobriu uma relação entre a queda de cabelo e a severidade dos casos de Covid-19” pontua Andy Goren, diretor médico da empresa norte-americana especializada no desenvolvimento de medicamentos para doenças capilares, Applied Biology, em entrevista coletiva realizada pelo Grupo Samel.


SOBRE O ESTUDO


A pesquisa ocorreu no estado do Amazonas em 12 hospitais integrantes do Grupo Samel em 9 municípios distintos. Foram submetidos à experiência 590 pacientes infectados pela Covid-19. Dessa forma, 294 receberam o tratamento com proxalutamida e 296 teriam ingerido placebo, uma espécie de farinha sem efeito medicinal na composição. Tanto os infectados, quanto os profissionais do hospital não tinham conhecimento do que cada um deles estavam tomando. O tratamento com o medicamento e placebo ocorreu por 14 dias, tempo do período de incubação do vírus no corpo humano.

ree
Foto/Reprodução: Slides apresentados no vídeo de divulgação no canal da Samel)

Como resultado, tiveram uma redução em 92% dos casos de mortalidade dos pacientes tratados com proxalutamida, além de uma diminuição no tempo de internação hospitalar. Ainda que sejam conclusões animadoras, vale ressaltar que a pesquisa, até então, não foi revisada por cientistas independentes e, tampouco, publicada em periódicos científicos, o que faz com que muitos questionamentos sejam levantados. Logo, é preciso ainda que passe por novas averiguações que possam garantir a eficácia e a sua segurança em uso clínico.


Convém relembrar que, até então, não há nenhuma medicação regulamentada pela Anvisa ou pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no combate ao coronavírus. Até o momento, o que há são recomendações para se evitar o contágio, como as medidas de distanciamento social, os cuidados de higiene a serem seguidos, e as vacinas que já possuem comprovação científica de eficácia.


TRATAMENTO PRECOCE


O tratamento precoce incentivado pelo presidente Jair Bolsonaro e parte da classe médica brasileira não possui comprovação científica e, portanto, não deve ser utilizado como profilaxia ou tratamento da doença. O uso da Ivermectina e Hidroxicloroquina pode trazer efeitos colaterais ao usuário, como hepatite e até levar ao óbito. De acordo com o Estadão, o uso do “Kit Covid”, como é chamado o combo de medicamentos ineficazes ao vírus, já fez com que 5 pessoas fossem para a fila do transplantes de fígado em São Paulo e pode ser a razão de pelo ou menos 3 mortes por hepatite causada pelos remédios por sobrecarga do órgão.

 
 
 

Comentários


Seja um inscrito do Matraca e não perca nada do nosso blog

Agora você é um assinante do Matraca!

© 2020 by GoJorn.

bottom of page